tipo: Documentos
publicado em: 13 de julho de 2006
por: Rogério Santanna dos Santos
idiomas:
publicado em: 13 de julho de 2006
por: Rogério Santanna dos Santos
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Rogério Santanna - 13 de julho de 2006
Fonte: Computerworld
Não há como eliminar o papel sem o uso intensivo da internet. Daí a necessidade de massificação da banda larga. Por Rogério Santanna.
Não há como desmaterializar os processos e eliminar o papel no âmbito do governo e das empresas sem o uso intensivo da internet. Todas as alternativas oferecidas na sociedade da informação cada dia mais implicam na utilização da web, seja no ramo financeiro, do entretenimento, dos jogos online, dos sites de bato papo, do comércio eletrônico e do governo eletrônico.
Daí a necessidade de massificação da banda larga que no mundo inteiro já é uma infra-estrutura prioritária para o desenvolvimento dos países economicamente mais adiantados. A Coréia do Sul é um grande exemplo de sucesso da banda larga com mais de 25% da sua população com acesso a essa tecnologia. Nos Estados Unidos, as empresas em rede já são responsáveis pela metade do ganho de produtividade do país e não há como pensar governos e empresas modernos sem considerar essa infra-estrutura como basilar.
Na França, o acesso à banda larga custa hoje cerca de 10 euros por mês e na Alemanha não existe mais acesso disponível abaixo de 4 megabites. No Japão, 24 megabites custam aproximadamente 20 dólares. São acessos com largura de banda muito superiores aos disponíveis no Brasil e com um custo muito menor. O Brasil precisa desenvolver um plano nacional para universalizar o acesso da banda larga, com conexões de no mínimo 2 megabites, para assegurar que todos os prédios públicos, postos de saúde, escolas, universidades e delegacias de polícia estejam conectados. Há tecnologias novas e bastante promissoras que permitirão resolver os problemas particulares do Brasil, uma tarefa bastante complexa num país de dimensões territoriais como o nosso.
Essas novas tecnologias nos permitem utilizar os grande backbones de fibras óticas já instalados e ociosos e serão capazes de resolver sua grande limitação: a capilarização do acesso. É preciso que a banda larga chegue às pessoas de uma forma barata e fácil. As tecnologias sem fio tais como Wi-Fi, Wi-Mesh e WiMax, bem como o uso do PLC (Power Line Communications) podem alavancar esse processo. Portanto, são mais rapidamente implementáveis e, com sua crescente difusão, haverá uma grande redução nos custos de acesso.
É importante também estender a banda larga aos municípios do interior do Brasil e às regiões periféricas das grandes metrópoles que hoje não têm acesso sequer a um provedor a custos compatíveis. O país tem mais de 5.600 municípios, mas apenas 1.606 (dados de setembro de 2005) dispõem de banda larga e, geralmente, são aqueles economicamente mais favorecidos. Regiões que por sua pobreza e/ou distância dos grandes centros estão condenadas à desconexão eterna.
Para resolvermos essas questões, estamos trabalhando na sensibilização dos governos federal, estaduais e municipais da importância da implementação de um Plano Nacional de Banda Larga no Brasil, que ainda não é uma proposta anunciada, mas uma iniciativa de nossa Secretaria em conjunto com outras secretarias do governo federal que atuam nessa área. A idéia de fomentar o desenvolvimento desse plano já está aprovada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) que destinou recursos importantes para incentivo dessas experiências. O CGI.br reservou R$ 10 milhões do seu orçamento para fomentar as cidades digitais, R$ 5 milhões para estimular arranjos produtivos locais e cooperativas de trabalho ou infra-estrutura (como eletrificação rural), para desenvolver tecnologias de banda larga compartilhadas e R$ 2,5 milhões para estimular aplicações e inovações tecnológicas nessa área junto às universidades e centros de pesquisa.
Há também um projeto da deputada Luiza Erundina propondo mudanças nas aplicações do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), hoje reservadas exclusivamente à telefonia. Se essas mudanças forem aprovadas, os recursos do Fust poderão financiar um plano como esse. Defendemos que o governo deve entrar com aporte nas regiões onde a implantação da banda larga não é viável economicamente porque essa é uma importante ferramenta de integração nacional.
É preciso que a banda larga se generalize, se democratize e atinja a todos os rincões do país permitindo uma inclusão social e digital muito maior. A massificação da banda larga também é essencial para o desenvolvimento econômico do país porque é o "sistema nervoso da nova economia globalizada". Para isso, precisamos reduzir custos, ampliar a concorrência e desenvolver soluções inovadoras e novos modelos de negócios. Isso é importante para que possamos romper as barreiras atuais e juntos possamos construir um país com a infra-estrutura de banda larga adequada para os desafios da nova economia e da sociedade do conhecimento.
Fonte: Computerworld
Não há como eliminar o papel sem o uso intensivo da internet. Daí a necessidade de massificação da banda larga. Por Rogério Santanna.
Não há como desmaterializar os processos e eliminar o papel no âmbito do governo e das empresas sem o uso intensivo da internet. Todas as alternativas oferecidas na sociedade da informação cada dia mais implicam na utilização da web, seja no ramo financeiro, do entretenimento, dos jogos online, dos sites de bato papo, do comércio eletrônico e do governo eletrônico.
Daí a necessidade de massificação da banda larga que no mundo inteiro já é uma infra-estrutura prioritária para o desenvolvimento dos países economicamente mais adiantados. A Coréia do Sul é um grande exemplo de sucesso da banda larga com mais de 25% da sua população com acesso a essa tecnologia. Nos Estados Unidos, as empresas em rede já são responsáveis pela metade do ganho de produtividade do país e não há como pensar governos e empresas modernos sem considerar essa infra-estrutura como basilar.
Na França, o acesso à banda larga custa hoje cerca de 10 euros por mês e na Alemanha não existe mais acesso disponível abaixo de 4 megabites. No Japão, 24 megabites custam aproximadamente 20 dólares. São acessos com largura de banda muito superiores aos disponíveis no Brasil e com um custo muito menor. O Brasil precisa desenvolver um plano nacional para universalizar o acesso da banda larga, com conexões de no mínimo 2 megabites, para assegurar que todos os prédios públicos, postos de saúde, escolas, universidades e delegacias de polícia estejam conectados. Há tecnologias novas e bastante promissoras que permitirão resolver os problemas particulares do Brasil, uma tarefa bastante complexa num país de dimensões territoriais como o nosso.
Essas novas tecnologias nos permitem utilizar os grande backbones de fibras óticas já instalados e ociosos e serão capazes de resolver sua grande limitação: a capilarização do acesso. É preciso que a banda larga chegue às pessoas de uma forma barata e fácil. As tecnologias sem fio tais como Wi-Fi, Wi-Mesh e WiMax, bem como o uso do PLC (Power Line Communications) podem alavancar esse processo. Portanto, são mais rapidamente implementáveis e, com sua crescente difusão, haverá uma grande redução nos custos de acesso.
É importante também estender a banda larga aos municípios do interior do Brasil e às regiões periféricas das grandes metrópoles que hoje não têm acesso sequer a um provedor a custos compatíveis. O país tem mais de 5.600 municípios, mas apenas 1.606 (dados de setembro de 2005) dispõem de banda larga e, geralmente, são aqueles economicamente mais favorecidos. Regiões que por sua pobreza e/ou distância dos grandes centros estão condenadas à desconexão eterna.
Para resolvermos essas questões, estamos trabalhando na sensibilização dos governos federal, estaduais e municipais da importância da implementação de um Plano Nacional de Banda Larga no Brasil, que ainda não é uma proposta anunciada, mas uma iniciativa de nossa Secretaria em conjunto com outras secretarias do governo federal que atuam nessa área. A idéia de fomentar o desenvolvimento desse plano já está aprovada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) que destinou recursos importantes para incentivo dessas experiências. O CGI.br reservou R$ 10 milhões do seu orçamento para fomentar as cidades digitais, R$ 5 milhões para estimular arranjos produtivos locais e cooperativas de trabalho ou infra-estrutura (como eletrificação rural), para desenvolver tecnologias de banda larga compartilhadas e R$ 2,5 milhões para estimular aplicações e inovações tecnológicas nessa área junto às universidades e centros de pesquisa.
Há também um projeto da deputada Luiza Erundina propondo mudanças nas aplicações do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), hoje reservadas exclusivamente à telefonia. Se essas mudanças forem aprovadas, os recursos do Fust poderão financiar um plano como esse. Defendemos que o governo deve entrar com aporte nas regiões onde a implantação da banda larga não é viável economicamente porque essa é uma importante ferramenta de integração nacional.
É preciso que a banda larga se generalize, se democratize e atinja a todos os rincões do país permitindo uma inclusão social e digital muito maior. A massificação da banda larga também é essencial para o desenvolvimento econômico do país porque é o "sistema nervoso da nova economia globalizada". Para isso, precisamos reduzir custos, ampliar a concorrência e desenvolver soluções inovadoras e novos modelos de negócios. Isso é importante para que possamos romper as barreiras atuais e juntos possamos construir um país com a infra-estrutura de banda larga adequada para os desafios da nova economia e da sociedade do conhecimento.