tipo: Documentos
publicado em: 04 de junho de 2008
por: Cássio Jordão Motta Vecchiatti
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publicado em: 04 de junho de 2008
por: Cássio Jordão Motta Vecchiatti
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Cássio Jordão Motta Vecchiatti* - 04 de junho de 2008
Fonte: Pesquisa Sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação 2007
Desenvolvimento, aumento da produtividade e represen-tatividade do cidadão. Essas são as vantagens que o crescimento do comércio eletrônico no Brasil está trazendo à nossa sociedade. É uma ferramenta poderosa e aos poucos amplia sua utilização entre os consumidores das classes B, C e D. Esse movimento os torna competitivos em relação à classe A, que sempre teve todos os acessos.
Quero reforçar aqui os conceitos de incremento da cidadania. De evolução social. O desenvolvimento do comércio eletrônico traz mais informações ao cidadão e o faz otimizar imensamente seu potencial. Ao ser treinado para seu trabalho, usando as Tecnologias da Informação por meio da informática e de computadores, este cidadão conhece, experimenta, aprende. E entende as vantagens que pode obter usando estas ferramentas, não somente para seu trabalho, mas também para facilitar sua vida como um todo.
A força comercial da Internet não reside unicamente na simples exposição de produtos para consumidores conectados. A rede não se limita a ser apenas mais uma nova mídia - como a TV e o rádio, por exemplo - e transforma-se em um imenso ambiente comunicacional que promove continuamente a formação de comunidades reunidas em torno dos mais variados interesses.
No Brasil, o comércio eletrônico se encontra ainda em fase inicial de desenvolvimento, principalmente se comparado a países mais desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra. Mas não faltam oportunidades de crescimento no mercado interno, muito menos tecnologia e espírito empreendedor.
É muito grande, portanto, o número de pessoas que ainda não se beneficiam das vantagens oferecidas pelo comércio eletrônico que, além da praticidade, da comodidade e da velocidade na transação, possibilita a comparação de preços, especificações e qualidade de um mesmo produto entre diversos fornecedores.
O módulo sobre Comércio Eletrônico da 3ª Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil - TIC DOMICÍLIOS 2007 apresenta a evolução dos hábitos de consumo dos brasileiros pela Internet no ano passado. Coordenada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação do Núcleo de Informação e Coordenação do ponto BR, braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil, a pesquisa revela que quase a metade das pessoas que já utilizaram a Internet declarou ter realizado pesquisas de preço de produtos ou serviços pela rede (45%) nos últimos 12 meses, demonstrando que a Internet se consolidou como ferramenta para comparação de custos.
Exemplos de serviços e ferramentas como Internet banking, buscas de produtos, compras, imposto de renda, correio eletrônico e chats facilitam a vida do cidadão, economizam tempo e aumentam a capacidade de realizações de quem usa e sabe usar a rede.
O brasileiro tem feito descobertas incríveis na Internet. Tem economizado tempo e dinheiro ao pesquisar os melhores preços na rede. O aumento das consultas de produtos e serviços via web é expressivo. Segundo a TIC DOMICÍLIOS, entre os brasileiros que recebem mais de 10 salários mínimos, o percentual de uso da rede para pesquisa de preços chega a 80%, e na classe A, a 82%, o que sugere que estes consumidores não realizam compras sem antes fazer uma investigação pela rede. O grau de escolaridade também influencia diretamente no uso da Internet para a comparação de preços: o percentual varia de 23% entre indivíduos menos escolarizados para 68% entre pessoas com ensino superior.
Apesar da pré-compra (busca pela Internet por referências de preços, especificações e qualidade) ser um fato ainda difícil de medir, sabemos que o cidadão que de alguma forma possui acesso à Internet, sai às compras mais bem preparado e acaba consumindo melhor que aquele que não consulta a rede.
O estudo mostra que o crescimento é lento - a proporção de usuários de comércio eletrônico permaneceu estável entre 2006 e 2007, passando de 11% para os atuais 13%. Entendo que diversos fatores têm influenciado para isto: insegurança, falta de regras claras de defesa do consumidor, justiça lenta demais. De acordo com a pesquisa, a principal barreira para o comércio eletrônico é a preferência por comprar pessoalmente e poder ver o produto. Em 2007, esse foi o motivo alegado por 57% daqueles que já usaram a Internet, mas ainda não efetuaram uma compra online. Quando o cidadão vai pessoalmente fazer a compra, tem uma falsa sensação de segurança, pois conhecendo o vendedor ou estando presencialmente na loja, tem a impressão de que terá menos problemas.
Considerando que 45% dos brasileiros que já usaram a rede realizaram pesquisa de preços pela Internet, existe um enorme potencial para transformar estes usuários em compradores. Surpreendentemente, a proporção de pessoas da classe C que efetua buscas de preços na Internet é de expressivos 39%, o que reforça a idéia de que esta classe social ainda está sendo negligenciada pelo mercado.
A pesquisa indica que houve estabilidade no uso do comércio eletrônico entre indivíduos de classe C, na qual se encontra o maior número de pessoas que já usaram a Internet -- para termos uma idéia, em 2007, 52% das pessoas que declararam já ter navegado pela rede era da classe C, enquanto somente 3% era da classe A.
Vemos assim que, entre 2006 e 2007, a proporção de pessoas da classe C que informou fazer compras pela rede se manteve estável, passando de 8% para 9%. Isto sugere que o aumento da disponibilidade do micro crédito e o crescimento da renda que vem se observando no Brasil nos últimos anos ainda não despertou os players do mercado B2C para este importante grupo de consumidores, que pode inclusive mudar a curva de crescimento do comércio eletrônico no país. Se mais da metade dos internautas pertence à classe C, somente quando estes começarem efetivamente a consumir bens e serviços por meio da Internet é que o varejo pela rede poderá deslanchar.
A confiança do consumidor é um dos obstáculos a ser vencido, mas as grandes companhias estão prontas para investir, pois já têm consciência da importância do comércio eletrônico para agilizar seus processos, ganhar mercados e trazer mais lucros.
O uso das novas tecnologias da informação possibilita a inclusão social sustentada dentro das pequenas e médias empresas, que ao ampliarem sua competitividade a níveis antes só alcançados por grandes corporações, podem passar a investir no treinamento de seus funcionários, já que quem opera é o ser humano.
Da mesma forma, as empresas que vendem ou querem vender pela Internet, necessitam evoluir. Varejo, indústria, operadores logísticos e distribuidores vêm trabalhando juntos no sentido de tornar suas estruturas de negócio mais ágeis, mais confiáveis e mais lucrativas. Ainda falta muito trabalho pela frente. Só assim o comércio eletrônico surgirá como uma ferramenta plenamente capaz de facilitar e multiplicar a relação global entre consumidores e estabelecimentos, propiciando maior comodidade às transações e, principalmente, reduzindo custos. É notório que pequenas e médias empresas ainda não despertaram para as vantagens trazidas pela rede, seja por desconhecimento, falta de planejamento ou preocupações com segurança. Nesse sentido, entidades de classe têm o dever fundamental de divulgar e fomentar esse novo modelo de negócio.
Grandes oportunidades de negócios são desperdiçadas por falta de um trabalho prévio de pesquisa, levantamento de dados de mercado, conhecimento do produto a ser oferecido e elaboração de um plano de negócios. E para que o comércio eletrônico cresça e apareça, atingindo todas as classes sociais, é fundamental que as empresas se preparem e busquem a evolução constante e, consequentemente, lucrem com a venda B2C na web.
Muitas companhias não têm conhecimento das vantagens do comércio eletrônico. Desta forma, é essencial que as entidades de classe tenham um papel mais atuante e presente como viabilizadoras e como disseminadoras de conhecimento para os empresários.
Como uma sociedade civil, sem fins lucrativos, e com o objetivo de desenvolvimento dos setores nos quais atua, as entidades de classe têm o poder de reunir todos os tipos e tamanhos de empresas. Com a conscientização sobre os benefícios do e-commerce, a cultura sobre a potencialidade desse mercado crescerá e isso acarretará benefícios em diversos níveis da sociedade: desde empregos (inclusão digital) até desenvolvimento de pequenos nichos potenciais, que trabalham com o fornecimento de produtos e serviços para grandes indústrias, por exemplo.
Além disso, as entidades de classe também contam com a facilidade de criar bancos de negócios com as empresas de sua base, podendo propiciar o incremento de parcerias entre empresas do seu setor ou região com todo o mundo. Com a experiência, as companhias podem continuar atuando por conta própria, mas é importante que o "pontapé inicial" seja dado por essas associações.
Para dar início a essa ação, basta que se crie uma base de dados com acesso à Internet contendo busca de produtos e, tendo como resultado, as empresas que os fabricam. Já existem diversas entidades que dispõem desse tipo de prática, de forma ainda tímida. E muitos negócios são fechados pela Internet - mas não são divulgados - justamente porque as entidades de classe não comunicam e não divulgam estatísticas sobre esses processos. Por isso que, para a conscientização do mercado, é necessário que este serviço seja também priorizado, incluindo a criação de planos diretores que destaquem o desenvolvimento do comércio eletrônico.
É necessário que o meio empresarial peça informações, cursos, palestras ou o direcionamento necessário para a sua respectiva entidade de classe. Certamente haverá um profissional capacitado o suficiente para orientar qualquer empresa. Entretanto a iniciativa das entidades de classe para incentivar este processo é fundamental. Talvez em poucos anos, em um trabalho conjunto entre a sociedade e essas entidades, seja possível melhorar as estatísticas e melhorar a posição do Brasil no ranking de países que consomem bens e serviços por meio da Internet.
Essa evolução cultural virá naturalmente com a próxima geração e é para isso que trabalhamos. Recomendo a leitura do módulo sobre Comércio Eletrônico da 3ª Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil - TIC DOMICÍLIOS 2007.
* Cássio Jordão Motta Vecchiatti é conselheiro suplente do CGI.br, representando o setor empresarial usuário
Como citar este artigo:
VECCHIATTI, Cássio Jordão Motta. A evolução do cidadão e o comércio eletrônico. In: CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil). Pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e da comunicação 2007 . São Paulo, 2008, pp. 59-62.
Fonte: Pesquisa Sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação 2007
Desenvolvimento, aumento da produtividade e represen-tatividade do cidadão. Essas são as vantagens que o crescimento do comércio eletrônico no Brasil está trazendo à nossa sociedade. É uma ferramenta poderosa e aos poucos amplia sua utilização entre os consumidores das classes B, C e D. Esse movimento os torna competitivos em relação à classe A, que sempre teve todos os acessos.
Quero reforçar aqui os conceitos de incremento da cidadania. De evolução social. O desenvolvimento do comércio eletrônico traz mais informações ao cidadão e o faz otimizar imensamente seu potencial. Ao ser treinado para seu trabalho, usando as Tecnologias da Informação por meio da informática e de computadores, este cidadão conhece, experimenta, aprende. E entende as vantagens que pode obter usando estas ferramentas, não somente para seu trabalho, mas também para facilitar sua vida como um todo.
A força comercial da Internet não reside unicamente na simples exposição de produtos para consumidores conectados. A rede não se limita a ser apenas mais uma nova mídia - como a TV e o rádio, por exemplo - e transforma-se em um imenso ambiente comunicacional que promove continuamente a formação de comunidades reunidas em torno dos mais variados interesses.
No Brasil, o comércio eletrônico se encontra ainda em fase inicial de desenvolvimento, principalmente se comparado a países mais desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra. Mas não faltam oportunidades de crescimento no mercado interno, muito menos tecnologia e espírito empreendedor.
É muito grande, portanto, o número de pessoas que ainda não se beneficiam das vantagens oferecidas pelo comércio eletrônico que, além da praticidade, da comodidade e da velocidade na transação, possibilita a comparação de preços, especificações e qualidade de um mesmo produto entre diversos fornecedores.
O módulo sobre Comércio Eletrônico da 3ª Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil - TIC DOMICÍLIOS 2007 apresenta a evolução dos hábitos de consumo dos brasileiros pela Internet no ano passado. Coordenada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação do Núcleo de Informação e Coordenação do ponto BR, braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil, a pesquisa revela que quase a metade das pessoas que já utilizaram a Internet declarou ter realizado pesquisas de preço de produtos ou serviços pela rede (45%) nos últimos 12 meses, demonstrando que a Internet se consolidou como ferramenta para comparação de custos.
Exemplos de serviços e ferramentas como Internet banking, buscas de produtos, compras, imposto de renda, correio eletrônico e chats facilitam a vida do cidadão, economizam tempo e aumentam a capacidade de realizações de quem usa e sabe usar a rede.
O brasileiro tem feito descobertas incríveis na Internet. Tem economizado tempo e dinheiro ao pesquisar os melhores preços na rede. O aumento das consultas de produtos e serviços via web é expressivo. Segundo a TIC DOMICÍLIOS, entre os brasileiros que recebem mais de 10 salários mínimos, o percentual de uso da rede para pesquisa de preços chega a 80%, e na classe A, a 82%, o que sugere que estes consumidores não realizam compras sem antes fazer uma investigação pela rede. O grau de escolaridade também influencia diretamente no uso da Internet para a comparação de preços: o percentual varia de 23% entre indivíduos menos escolarizados para 68% entre pessoas com ensino superior.
Apesar da pré-compra (busca pela Internet por referências de preços, especificações e qualidade) ser um fato ainda difícil de medir, sabemos que o cidadão que de alguma forma possui acesso à Internet, sai às compras mais bem preparado e acaba consumindo melhor que aquele que não consulta a rede.
O estudo mostra que o crescimento é lento - a proporção de usuários de comércio eletrônico permaneceu estável entre 2006 e 2007, passando de 11% para os atuais 13%. Entendo que diversos fatores têm influenciado para isto: insegurança, falta de regras claras de defesa do consumidor, justiça lenta demais. De acordo com a pesquisa, a principal barreira para o comércio eletrônico é a preferência por comprar pessoalmente e poder ver o produto. Em 2007, esse foi o motivo alegado por 57% daqueles que já usaram a Internet, mas ainda não efetuaram uma compra online. Quando o cidadão vai pessoalmente fazer a compra, tem uma falsa sensação de segurança, pois conhecendo o vendedor ou estando presencialmente na loja, tem a impressão de que terá menos problemas.
Considerando que 45% dos brasileiros que já usaram a rede realizaram pesquisa de preços pela Internet, existe um enorme potencial para transformar estes usuários em compradores. Surpreendentemente, a proporção de pessoas da classe C que efetua buscas de preços na Internet é de expressivos 39%, o que reforça a idéia de que esta classe social ainda está sendo negligenciada pelo mercado.
A pesquisa indica que houve estabilidade no uso do comércio eletrônico entre indivíduos de classe C, na qual se encontra o maior número de pessoas que já usaram a Internet -- para termos uma idéia, em 2007, 52% das pessoas que declararam já ter navegado pela rede era da classe C, enquanto somente 3% era da classe A.
Vemos assim que, entre 2006 e 2007, a proporção de pessoas da classe C que informou fazer compras pela rede se manteve estável, passando de 8% para 9%. Isto sugere que o aumento da disponibilidade do micro crédito e o crescimento da renda que vem se observando no Brasil nos últimos anos ainda não despertou os players do mercado B2C para este importante grupo de consumidores, que pode inclusive mudar a curva de crescimento do comércio eletrônico no país. Se mais da metade dos internautas pertence à classe C, somente quando estes começarem efetivamente a consumir bens e serviços por meio da Internet é que o varejo pela rede poderá deslanchar.
A confiança do consumidor é um dos obstáculos a ser vencido, mas as grandes companhias estão prontas para investir, pois já têm consciência da importância do comércio eletrônico para agilizar seus processos, ganhar mercados e trazer mais lucros.
O uso das novas tecnologias da informação possibilita a inclusão social sustentada dentro das pequenas e médias empresas, que ao ampliarem sua competitividade a níveis antes só alcançados por grandes corporações, podem passar a investir no treinamento de seus funcionários, já que quem opera é o ser humano.
Da mesma forma, as empresas que vendem ou querem vender pela Internet, necessitam evoluir. Varejo, indústria, operadores logísticos e distribuidores vêm trabalhando juntos no sentido de tornar suas estruturas de negócio mais ágeis, mais confiáveis e mais lucrativas. Ainda falta muito trabalho pela frente. Só assim o comércio eletrônico surgirá como uma ferramenta plenamente capaz de facilitar e multiplicar a relação global entre consumidores e estabelecimentos, propiciando maior comodidade às transações e, principalmente, reduzindo custos. É notório que pequenas e médias empresas ainda não despertaram para as vantagens trazidas pela rede, seja por desconhecimento, falta de planejamento ou preocupações com segurança. Nesse sentido, entidades de classe têm o dever fundamental de divulgar e fomentar esse novo modelo de negócio.
Grandes oportunidades de negócios são desperdiçadas por falta de um trabalho prévio de pesquisa, levantamento de dados de mercado, conhecimento do produto a ser oferecido e elaboração de um plano de negócios. E para que o comércio eletrônico cresça e apareça, atingindo todas as classes sociais, é fundamental que as empresas se preparem e busquem a evolução constante e, consequentemente, lucrem com a venda B2C na web.
Muitas companhias não têm conhecimento das vantagens do comércio eletrônico. Desta forma, é essencial que as entidades de classe tenham um papel mais atuante e presente como viabilizadoras e como disseminadoras de conhecimento para os empresários.
Como uma sociedade civil, sem fins lucrativos, e com o objetivo de desenvolvimento dos setores nos quais atua, as entidades de classe têm o poder de reunir todos os tipos e tamanhos de empresas. Com a conscientização sobre os benefícios do e-commerce, a cultura sobre a potencialidade desse mercado crescerá e isso acarretará benefícios em diversos níveis da sociedade: desde empregos (inclusão digital) até desenvolvimento de pequenos nichos potenciais, que trabalham com o fornecimento de produtos e serviços para grandes indústrias, por exemplo.
Além disso, as entidades de classe também contam com a facilidade de criar bancos de negócios com as empresas de sua base, podendo propiciar o incremento de parcerias entre empresas do seu setor ou região com todo o mundo. Com a experiência, as companhias podem continuar atuando por conta própria, mas é importante que o "pontapé inicial" seja dado por essas associações.
Para dar início a essa ação, basta que se crie uma base de dados com acesso à Internet contendo busca de produtos e, tendo como resultado, as empresas que os fabricam. Já existem diversas entidades que dispõem desse tipo de prática, de forma ainda tímida. E muitos negócios são fechados pela Internet - mas não são divulgados - justamente porque as entidades de classe não comunicam e não divulgam estatísticas sobre esses processos. Por isso que, para a conscientização do mercado, é necessário que este serviço seja também priorizado, incluindo a criação de planos diretores que destaquem o desenvolvimento do comércio eletrônico.
É necessário que o meio empresarial peça informações, cursos, palestras ou o direcionamento necessário para a sua respectiva entidade de classe. Certamente haverá um profissional capacitado o suficiente para orientar qualquer empresa. Entretanto a iniciativa das entidades de classe para incentivar este processo é fundamental. Talvez em poucos anos, em um trabalho conjunto entre a sociedade e essas entidades, seja possível melhorar as estatísticas e melhorar a posição do Brasil no ranking de países que consomem bens e serviços por meio da Internet.
Essa evolução cultural virá naturalmente com a próxima geração e é para isso que trabalhamos. Recomendo a leitura do módulo sobre Comércio Eletrônico da 3ª Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil - TIC DOMICÍLIOS 2007.
* Cássio Jordão Motta Vecchiatti é conselheiro suplente do CGI.br, representando o setor empresarial usuário
Como citar este artigo:
VECCHIATTI, Cássio Jordão Motta. A evolução do cidadão e o comércio eletrônico. In: CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil). Pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e da comunicação 2007 . São Paulo, 2008, pp. 59-62.