NIC.br celebra 20 anos de atuação pelo desenvolvimento da Internet no Brasil


05 DEZ 2025



Entidade, ligada ao CGI.br, reinveste recursos do registro de domínios .br na evolução de uma rede mais segura, acessível e de alta qualidade para todos os brasileiros

São Paulo, 5/12/2025 – Em dezembro de 2005, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) passou a receber os recursos oriundos da operação do .br. Ali reforçava-se uma trajetória orientada ao interesse público, tecida por uma sólida atuação pelo desenvolvimento da Internet no Brasil. Nesta sexta-feira (5), este marco completa 20 anos, duas décadas que renderam frutos importantes para o ecossistema digital do país.

O NIC.br ajudou a moldar e a aprimorar a rede com a qual os brasileiros se conectam diariamente. Seus mais de 5,5 milhões de domínios .br ativos, o maior conjunto de Pontos de Troca de Tráfego do planeta e a produção sistemática de indicadores e ações de segurança e inovação são parte de um legado que tornou a Internet por aqui mais estável, acessível e tecnicamente preparada para o futuro.

Todas essas iniciativas são viabilizadas por um modelo de operação único, considerado referência internacional. O NIC.br diferencia-se de entidades similares de outras nações pela destinação que dá aos recursos provenientes do .br. Em vez de concentrar-se apenas em manter uma estrutura técnica de excelência para suas atividades essenciais, como publicação de nomes de domínio e distribuição de numeração IP (Internet Protocol) e ASN (Autonomous System Numbers), vai além. Investe no fortalecimento da infraestrutura de rede, na geração de conhecimento, na formação de profissionais e em outras frentes que ajudam a aprimorar a qualidade da Internet que chega à população.

“Esta é uma história de uma atuação direcionada ao desenvolvimento da Internet no Brasil. O uso do "sobrenome" .br caiu no gosto do brasileiro e não parou de crescer, consolidando-se ao longo dos anos como um dos ccTLDs [country-code Top Level Domain] mais populares globalmente, o que amplia nossa capacidade de impulsionar a evolução digital do país”, afirma Demi Getschko, Diretor-Presidente do NIC.br.

As contribuições do NIC.br para a sociedade se materializam por meio das diversas ações conduzidas por seus departamentos:

  • Registro.br: É responsável pelas atividades de registro e manutenção dos nomes de domínios que usam o .br e pelo serviço de distribuição de endereços IPv4 e IPv6 e de números de Sistemas Autônomos (ASN) no país.
  • Cetic.br: produz pesquisas de referência internacional (série TIC) sobre o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação, cujos indicadores são subsídios para políticas públicas.
  • IX.br: cria e gerencia a infraestrutura de Pontos de Troca de Tráfego que interconecta redes no país, melhorando a qualidade e reduzindo os custos da conectividade no território nacional.
  • CERT.br: coordena a resposta a incidentes de segurança, disseminando boas práticas e orientações que tornam o ambiente digital brasileiro mais seguro.
  • Ceptro.br: realiza medições independentes da qualidade da Internet e oferece cursos gratuitos que capacitam milhares de profissionais de tecnologia anualmente.
  • Ceweb.br: fomenta o uso de tecnologias abertas e a evolução da Web no país, com foco em acessibilidade e inovação.
  • OBIA - Observatório Brasileiro de Inteligência Artificial: sua principal finalidade é monitorar, compilar e disponibilizar dados públicos sobre o uso e a adoção da Inteligência Artificial (IA) em diversos setores no Brasil, como educação, saúde, governo e empresas.

O início de tudo
Para compreender as bases que alicerçaram o NIC.br, é preciso voltar ainda mais no tempo, especificamente, para 1989. No mês de abril daquele ano, o “.br” foi delegado por Jon Postel (Internet Assigned Numbers Authority - IANA) aos que operavam, na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), redes acadêmicas brasileiras. O “.br” era usado para identificar o crescente número de computadores, à época basicamente dentro das universidades. A Internet começaria a operar por aqui em 7 de fevereiro de 1991, sendo lançada comercialmente, em caráter experimental, no final de 1994.

Em 1995, foi criado por meio de portaria interminesterial o Comitê Gestor da Internet (CGI.br), responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da rede no Brasil. Seu modelo de governança multissetorial é reconhecido e elogiado no exterior.

Com o tempo, ficou clara a necessidade de se ter um braço institucional separado do que havia na Fapesp, para implementar com autonomia as ações e projetos do Comitê Gestor. Cinco anos depois, iniciou-se o processo de desvinculação do .br da Fundação e, em janeiro de 2003, o NIC.br foi estabelecido como pessoa jurídica, de natureza privada e sem fins lucrativos.

Em dezembro de 2005, o CGI.br transferiu para o NIC.br as funções administrativas e operacionais do .br, que incluía a execução do registro de nomes de domínio e a alocação de endereços IP e dos números ASN. Com os recursos das atividades, a entidade passou a ter funcionários próprios, fortalecer seus centros e pode desenvolver e implementar a estrutura que tem hoje, iniciando, naquele momento, seu caminhar pela história da Internet brasileira.

NIC.br hoje
A atuação estratégica do NIC.br colocou o Brasil em posição de destaque no cenário global. O projeto IX.br, por exemplo, é atualmente o maior conjunto de Pontos de Troca de Tráfego Internet do mundo, atingindo, em abril deste ano, a marca recorde de 40 Tbit/s de tráfego agregado e presente em 39 localidades. Além disso, o Brasil figura entre os países com mais registros de Sistemas Autônomos (AS) e possui uma taxa de adesão ao IPv6 superior a 50%. “Esse sucesso não é um acaso. É resultado de um trabalho contínuo de capacitação de profissionais e de fomento à adoção de tecnologias essenciais para a escalabilidade e resiliência da rede”, complementa Getschko.

Nos últimos anos, o NIC.br também ampliou as possibilidades para os usuários com o lançamento de novas categorias de domínios .br, renovou sua parceria estratégica com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e fortaleceu sua presença internacional, passando a integrar o CENTR – associação europeia de ccTLDs – e firmando um acordo com o .PT (Portugal) para aprimorar a Internet no espaço lusófono.

“O sucesso do NIC.br é um reflexo direto da força do modelo multissetorial de governança da Internet adotado pelo Brasil e capitaneado pelo CGI.br. Essa colaboração entre governo, setor empresarial, terceiro setor e comunidade acadêmica garante que o desenvolvimento da Internet seja pautado pelo interesse público e pela qualidade técnica, um exemplo reconhecido mundialmente”, destaca Hartmut Glaser, Secretário Executivo do CGI.br.

Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br   
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (https://nic.br/) é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados provêm de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte:  Registro.br (https://registro.br), CERT.br (https://cert.br/), Ceptro.br (https://ceptro.br/), Cetic.br (https://cetic.br/), IX.br (https://ix.br/) e Ceweb.br (https://ceweb.br), além de projetos como Internetsegura.br (https://internetsegura.br) e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (https://bcp.nic.br/). Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (https://w3c.br/).    

Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br   
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003). Mais informações em https://cgi.br/.

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