25% dos brasileiros já se comunica com o governo por meio da Internet


14 ABR 2008



Segundo a TIC Domicílios 2007, realizada pelo NIC.br, do total de usuários 5% são da classe A, 36% de classe B, 48% da classe C e 11% de classes D e E

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br (www.nic.br) anuncia os números sobre Governo Eletrônico da TIC Domicílios 2007. O módulo faz parte da 3ª edição da Pesquisa Sobre Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil e detalha a evolução do uso dos serviços oferecidos pelos órgãos públicos ao cidadão via Web. O objetivo é traçar um panorama da interação dos internautas com o governo por meio da rede, principais atividades, perfil do usuário e barreiras para a utilização.

A pesquisa identificou que 25% da população brasileira com mais de 16 anos usou a Internet para interagir com órgãos públicos em 2007. Esse resultado representa um crescimento de 11 pontos percentuais em relação à pesquisa realizada em 2005¹, quando esse número foi de 14% (ver nota de rodapé). Se considerados somente os usuários de Internet, esse percentual foi de 72%, sendo a quinta atividade mais desenvolvida na rede, atrás de comunicação (89%), lazer (88%), busca de informações online (87%) e treinamento e educação (73%).

Confira todos os detalhes em:
https://www.cetic.br/usuarios/tic/2007/destaques-governo-eletronico-tic-2007.pdf.

Todos os resultados da pesquisa estão disponíveis em https://www.cetic.br/


Com relação a 2005, nota-se um crescimento significativo no uso de serviços de governo eletrônico em todos os segmentos da população, seja por renda, classe social, escolaridade ou situação de emprego. "O destaque foi o forte aumento na utilização desse canal de comunicação entre internautas com renda familiar entre três e cinco salários mínimos. que passaram de 14% em 2005 para 40% em 2007", reforça Mariana Balboni, gerente do CETIC.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação).

A pesquisa mostra que o uso de serviços de governo eletrônico entre os brasileiros acima de 16 anos cresce consideravelmente quanto maior o grau de instrução, a renda familiar e a classe social. Em 2007, 71% dos indivíduos com educação superior, 58% daqueles com renda familiar superior a cinco salários mínimos e 81% dos brasileiros de classe A informaram interagir com órgãos públicos por meio da rede. "Entretanto, não são apenas os indivíduos de classe social mais elevada que se beneficiam das facilidades trazidas pelo uso da Web no contato com o Governo", explica Mariana Balboni. "É fato que a maioria dos brasileiros de classe A possui um computador e utiliza a Internet para se relacionar com o Governo, mas esse grupo representa apenas 5% do total de usuários", completa. O perfil econômico do usuário de serviços de governo eletrônico é composto por 36% de indivíduos da classe B, 48% da classe C, 11% de indivíduos das classes D e E e 5% da classe A.

Mas os resultados também mostram que educação é fundamental para que o brasileiro possa se beneficiar desse tipo de serviços: apenas 12% daqueles que estudaram até o Ensino Fundamental compõem o total de usuários, enquanto 49% informam ter finalizado o Ensino Médio, e 39% o Superior. E os números reforçam que o cidadão que se utiliza desse canal de comunicação é jovem: do total de usuários, 70% têm entre 16 e 34 anos, e somente 12% têm mais de 45 anos.

O serviço de e-gov mais popular entre os brasileiros ainda é a consulta ao CPF, atividade realizada por 59% das pessoas que usam a rede para se comunicar com órgãos públicos. Em segundo lugar aparece a busca por informações e serviços públicos de educação, com 44% das menções. Em terceiro o uso da rede para fazer a declaração de Imposto de Renda, com 42% das citações, seguido pela realização de inscrição em concursos públicos, com 40%. Em seguida foram mencionadas três atividades ligadas à busca de informações sobre a emissão de documentos (31%), os serviços públicos de saúde (27%) e os direitos do trabalhador (26%).

A TIC Domicílios 2007 constatou que entre aqueles que nunca utilizaram os serviços de governo eletrônico no ano passado, as razões permanecem as mesmas da edição anterior da pesquisa. A principal é a preferência pelo contato pessoal (49%). Se não considerada a categoria "outros motivos (33%)", que reúne uma série de diferentes respostas, a segunda explicação é a preocupação com a proteção e segurança dos dados pessoais (15%). Em terceiro lugar este ano estão empatadas, com 13% das menções, a dificuldade em fazer contato com a administração pública via Internet e os altos custos de conexão.

Metodologia
Produzido pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), o estudo foi realizado entre os meses de setembro e novembro de 2007 e investigou 17 mil domicílios na zona urbana, entrevistando pessoas com 10 anos ou mais, nas cinco regiões do país. A amostra foi desenhada com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

A pesquisa foi realizada em parceria com a Ipsos Public Affairs e manteve o padrão metodológico internacional da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e da Eurostat (Instituto de Estatísticas da Comissão Européia). A TIC 2007 contou, ainda, com a colaboração do Observatório para a Sociedade da Informação na América Latina e Caribe (OSILAC), da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe das Nações Unidas (CEPAL), que trabalha com o desenvolvimento dos indicadores-chave das Tecnologias da Informação e da Comunicação, aprovados na Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (CMSI), em 2005.

1 Houve uma mudança metodológica significativa no questionário de 2006, o que dificulta a comparação com as demais pesquisas. Ao contrário de 2005 e de 2007, em 2006 foi utilizada no módulo uma pergunta direta (filtro) sobre o uso de serviços de governo eletrônico. Percebeu-se que a tendência entre os entrevistados de responder de forma negativa, mesmo tendo usado algum tipo de serviço. Por este motivo, em 2007 a pergunta filtro foi eliminada. A formulação da pergunta filtro em 2006 era a seguinte: "O(a) sr(a) acessou a internet para usar serviços do governo eletrônico como declaração do imposto de renda, consulta de CPF, pagamento de impostos, entre outros nos últimos 12 meses?". Em 2005 e 2007, o percentual foi calculado sobre o uso de uma lista completa de serviços de governo eletrônico: "Vou citar alguns serviços de governo e gostaria que o(a) sr(a) me dissesse se utilizou a internet para acessá-los nos últimos 12 meses"


Sobre o CETIC.br
O Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação - CETIC.br - é responsável pela produção de indicadores e estatísticas sobre a disponibilidade e uso da Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da rede no país.

Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br (https://www.nic.br) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, criada para implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br (https://www.cgi.br), que é o responsável por coordenar e integrar as iniciativas de serviços da Internet no país. O NIC.br responde pelo registro de nomes de domínio - Registro.br (https://www.registro.br), pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil - CERT.br (https://www.cert.br), pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações - CEPTRO.br (https://www.ceptro.br) e pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação - CETIC.br (https://www.cetic.br), cujo objetivo é produzir e divulgar informações e estatísticas sobre a disponibilidade e o uso da Internet no país.

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